
É mais que dor.
É como se fosse aquela pontinha te alfinetando com a ponta das lágrimas, enquanto a acidez escorre por poros quase secretos, que mesmo depois da tempestade dos olhos, continuam doces com uma pitada de afeto e medo. Algumas fincadas alcançam no pedaço central do desastre interno, que desmorona labirintos esquemáticos escondidos pela memória cardíaca a fora. Há beleza por traz da dor. Resta algo discreto de nós em nós mesmos, que transformam cicatrizes sangrentas em tatuagens secas disfarçadas de desenhos interrompidos revelados em uma história para além dessa dor e muito além das palavras. É como um nó berrado no silêncio de uma garganta inflamada sangrando puro pus coberto de amor.
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